quarta-feira, 30 de junho de 2010

Entre outros...


Transportes
Preços aumentam em média 1,2% a partir de amanhã...

Segurança Social

Apoios sociais e ajudas ao emprego extraordinárias terminam amanhã

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Famílias portuguesas no "limbo".


Um estudo coordenado pelo ISCTE revela como vivem as famílias portuguesas que se consideram num "limbo", em trajectória social descendente. Estão um degrau acima do limiar da pobreza e representam quase um terço da população.

São gente vulgar. Não estão classificados oficialmente como pobres, a maioria ainda não perdeu o emprego, têm filhos a cargo e uma dificuldade comum em conseguir chegar ao fim do mês sem percalços de maior.

Um estudo da Tese - Associação para o Desenvolvimento, que será hoje apresentado em Lisboa, mostra quem são e omo vivem estas "famílias-sanduíche" - uma noção aplicada a agregados que beneficiam de "demasiados recursos para aceder a prestações sociais", mas que experimentam particulares dificuldades" em conseguir responder às despesas usuais.

Os adultos que integram estes agregados ganham por mês entre 379 e 799 euros - estão por isso acima do limar da pobreza, uma linha que separa quem ganha mais ou menos do que 60 por cento do rendimento médio - e representam 31 por cento dos agregados residentes em Portugal. Outros 20,1 por cento estão classificados como pobres.

Maria, licenciada, de 33 anos, figura entre os primeiros. Diz sobre ela própria que é "uma pessoa em stand-by". Reside em Lisboa - a maioria das famílias-sanduíche habita em áreas urbanas - é trabalhadora independente, sente-se "injustiçada". Os estudos valeram-lhe de pouco: ir às vezes ao cinema ou ao teatro, comprar um livro são gestos que entraram para a categoria dos "luxos". Maria é um dos 54 entrevistados que dão corpo ao estudo coordenado pelo Centro de Estudos Territoriais do ISCTE, em parceria com a Gulbenkian e o Instituto da Segurança Social. Nem todos pertencem às chamadas famílias-sanduíche. Este estudo sobre as necessidades em Portugal foi também procurar saber como vivem, entre outros, adultos que vivem em regime de sobreocupação, que aumentaram as suas qualificações ou que passaram à reforma recentemente.

Um quinto dos inquiridos tem dificuldades no pagamento das contas da casa, 12 por cento não tem dinheiro para comprar todos os medicamentos de que precisa. Para 21 por cento das famílias-sanduíche a capacidade para suportar despesas inesperadas é inexistente. Mas isto é o que sucede também com 21,5 por cento do total de agregados portugueses. Gente normal, portanto. Como o são também Vera, de 35 anos, e Henrique, de 38, ela com um bacharelato, ele doutorado a viver de bolsas sucessivas e incertas. Vera diz sentir a vida "hipotecada".

No geral, estas pessoas estiveram mais anos na escola do que os seus pais, têm mais qualificações do que eles, mas sentem que estão "numa trajectória social intergeracionalmente descendente". "Fazer planos é algo que a generalidade considera inglório", frisam os autores. Apesar da sua experiência, continuam a considerar que uma maior qualificação é indispensável para garantir uma melhor qualidade de vida e é essa a sua principal aposta no que respeita aos filhos. Um factor que acaba por acrescentar mais insegurança ao seu quotidiano - receiam não ter capacidades financeiras para "proporcionar aos filhos a formação necessária".

Para os investigadores, os casos observados confirmam a necessidade de se pôr fim aos regimes laborais que são propiciadores de pobreza - caso dos "falsos recibos verdes". Subscrevem também uma recomendação já feita pela Assembleia da República em 2008 com vista à "definição de um limiar de pobreza "em função do nível de rendimento nacional e das condições de vida padrão na nossa sociedade". A linha dos 60 por cento é uma medida europeia, com variações consoante o rendimento médio auferido pelas populações. Em Portugal, as pessoas em risco de pobreza vivem com cerca de 360 euros, na Dinamarca este limite situa-se nos 900 euros.

A taxa de pobreza é calculada já depois das transferências dos apoios sociais para as famílias. Sem estes, abrangeria 40 por cento da população em Portugal.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Encruzilhada nacional à beira-mar plantada...


“Com tantos doutorados e experiências governativas de décadas, continuamos nesta senda sem apontar caminhos e objectivos credíveis. Sabemos que as nossas remunerações abaixo da média nacional têm que ser mais valorizadas para ajudar nossa economia interna, mas vai-se pelo caminho mais fácil para não mexer no bolso dos beneficiários do monstro cada vez mais gordo nestas ultimas décadas.”
por Francisco M. Miranda

quarta-feira, 23 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Apesar dos 7-0 à Coreia...

Em 2009, portugueses voltam a marcar passo. Poder de compra mantém-se em 78% da média da UE.

Os portugueses estão há três anos a marcar passo no que respeita ao seu poder de compra. Pelo terceiro ano consecutivo, Portugal registou em 2009 um PIB per capita que corresponde a 78% da média da União Europeia (UE), de acordo com os dados ontem divulgados pelo Eurostat, relativos às primeiras estimativas sobre este indicador de riqueza europeu.

No entanto, 2009 foi um ano mau para ganhos de riqueza. A maioria dos países analisados pelo Eurostat perdeu ou manteve a posição do ano anterior. Apenas britânicos, austríacos, malteses e suíços registaram melhorias.

Portugal continua, assim, a ser o nono país mais pobre da UE (22 pontos abaixo da média), ficando atrás de Chipre, Grécia, Eslovénia e República Checa, e com o mesmo nível de Malta. Este país viu a sua posição melhorar dois pontos, de 2008 para 2009, equiparando- -se a Portugal.

Em relação ao topo da lista, mantemos a 18.ª posição entre os 27.

domingo, 20 de junho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Estou farto!... Estamos fartos...


Esta semana enchi as medidas. Estou farto de uma actividade política que é baseada na mentira, no engano, na dissimulação, estou farto de um Parlamento que é uma câmara de horrores. Estou farto de equilibrismos políticos em nome do mal menor.

Estou até aos cabelos com comissões de inquérito parlamentares que são uma fantochada, uma pedrada mais na credibilidade dos deputados e do Parlamento. Estou farto destes consensos em nome da salvação nacional, que começam em Belém, passam pelo Rato e pala Lapa e terminam em S. Bento, com toda a gente muito interessada em garantir protecções recíprocas. Estou farto de um Parlamento que protege Ricardo Rodrigues um deputado filmado no acto de roubar. Estou farto de figuras como Mota Amaral, um dos poucos líderes regionais derrotado sem apelo nem agravo em eleições, um dos exemplos em como se pode fazer uma carreira cheia de ineficiências, mas muitos equilibrismos.

Estou saturado de manobras de bastidores e de corredores que subvertem a ordem lógica das coisas.

Estou farto destes partidos, do funcionamento do sistema, do desprezo pelos eleitores, do cinismo como linha política e da falta de princípios como ideologia. Estou farto de ver os líderes eleitos darem o dito por não dito, estou farto de promessas eleitorais não cumpridas. Estou farto do aumento de impostos, dos abusos do fisco, do laxismo geral

do sistema, da ineficácia da justiça e do despesismo do Governo. Estou farto de diagnósticos que dizem que a situação é insustentável, mas que depois não tomam medidas, nem acções. Estou farto dos partidos que dizem que o primeiro-ministro é incompetente, mas que depois não apresentam moções de censura e no Parlamento fazem o que podem para garantir que a coisa continue a piorar até que a podridão lhes dê jeito. Estou farto de votar no mal menor, de candidaturas que não avançam para não beliscar as do costume, estou farto de ter a minha liberdade de voto limitada pela ausência de candidatos, estou farto do politicamente correcto, estou farto de Bruxelas e estou farto do sistema partidário que temos – uma coisa arcaica cujo maior feito é conseguir um contínuo aumento da abstenção.

Jornal Metro – MANUEL FALCÃO

WWW.TWITTER.COM/MFALCAO

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Cidadãos europeus, Uni-vos!

A luta de classes está a voltar, sob nova forma, mas com a violência de há cem anos: agora é o capital financeiro a declarar guerra ao trabalho.

Os dados estão lançados, o jogo é claro e quanto mais tarde identificarmos as novas regras mais elevado será o custo para os cidadãos europeus. A luta de classes está de volta à Europa e em termos tão novos que os actores sociais estão perplexos e paralisados. Enquanto prática política, a luta de classes entre o trabalho e o capital nasceu na Europa e, depois de muitos anos de confrontação violenta, foi na Europa que ela foi travada com mais equilíbrio e onde deu frutos mais auspiciosos. Os adversários verificaram que a institucionalização da luta seria mutuamente vantajosa: o capital consentiria em altos níveis de tributação e de intervenção do Estado em troca de não ver a sua prosperidade ameaçada; os trabalhadores conquistariam importantes direitos sociais em troca de desistirem de uma alternativa socialista.

Assim surgiram a concertação social e seus mais invejáveis resultados: altos níveis de competitividade indexados a altos níveis de protecção social; o modelo social europeu e o Estado Providência; a possibilidade, sem precedentes na história, de os trabalhadores e suas famílias poderem fazer planos de futuro a médio prazo (educação dos filhos, compra de casa); a paz social; o continente com os mais baixos níveis de desigualdade social.

Todo este sistema está à beira do colapso e os resultados são imprevisíveis. O relatório que o FMI acaba de divulgar sobre a economia espanhola é uma declaração de guerra: o acumulo histórico das lutas sociais, de tantas e tão laboriosas negociações e de equilíbrios tão duramente obtidos, é lançado por terra com inaudita arrogância e a Espanha é mandada recuar décadas na sua história: reduzir drasticamente os salários, destruir o sistema de pensões, eliminar direitos laborais (facilitar despedimentos, reduzir indemnizações).

A mesma receita será imposta a Portugal, como já foi à Grécia, e a outros países da Europa, muito para além da Europa do Sul. A Europa está a ser vítima de uma OPA por parte do FMI, cozinhada pelos neoliberais que dominam a União Europeia, de Merkel a Barroso, escondidos atrás do FMI para não pagarem os custos políticos da devastação social.

O senso comum neoliberal diz-nos que a culpa é da crise, que vivemos acima das nossas posses e que não há dinheiro para tanto bem-estar. Mas qualquer cidadão comum entende isto: se a FAO calcula que 30 mil milhões de dólares seriam suficientes para resolver o problema da fome no mundo e os governos insistem em dizer que não há dinheiro para isso, como se explica que, de repente, tenham surgido 900 mil milhões para salvar o sistema financeiro europeu? A luta de classes está a voltar sob uma nova forma mas com a violência de há cem anos: desta vez, é o capital financeiro quem declara guerra ao trabalho.

O que fazer? Haverá resistência mas esta, para ser eficaz, tem de ter em conta dois factos novos. Primeiro, a fragmentação do trabalho e a sociedade de consumo ditaram a crise dos sindicatos. Nunca os que trabalham trabalharam tanto e nunca lhes foi tão difícil identificarem-se como trabalhadores. A resistência terá nos sindicatos um pilar mas ele será bem frágil se a luta não for partilhada em pé de igualdade por movimentos de mulheres, ambientalistas, de consumidores, de direitos humanos, de imigrantes, contra o racismo, a xenofobia e a homofobia.
A crise atinge todos porque todos são trabalhadores.

Segundo, não há economias nacionais na Europa e, por isso, a resistência ou é europeia ou não existe. As lutas nacionais serão um alvo fácil dos que clamam pela governabilidade ao mesmo tempo que desgovernam. Os movimentos e as organizações de toda a Europa têm de se articular para mostrar aos governos que a estabilidade dos mercados não pode ser construída sobre as ruínas da estabilidade das vidas dos cidadãos e suas famílias. Não é o socialismo; é a demonstração de que ou a UE cria as condições para o capital produtivo se desvincular do capital financeiro ou o futuro é o fascismo e terá que ser combatido por todos os meios.

Visão Junho 2010.


sexta-feira, 11 de junho de 2010

Selecção de luxo em país de "tanga"...


Jogadores da Selecção ganham dois ordenados mínimos por dia durante toda a campanha do Mundial.

Os pobres jogadores não prescindiram dos 800€ de pernoita.

Compreendo perfeitamente a decisão do grupo de "heróis nacionais"de não abdicar da pernoita.

Afinal de contas como iriam sustentar-se sem os 800€ por dia da selecção?

Iam andar a correr atrás de uma bola só para representarem um país querem ver... e a seguir íamos pedir-lhes o quê?

Que soubessem cantar o hino?

Andamos muito exigentes.

Todos sabemos das dificuldades que esta malta do futebol passa. Há dias vi um deles na praia a molhar os pés com as chuteiras calçadas. Tive pena, confesso. Apeteceu-me dar-lhe um abraço e chorar ombro a ombro como o Mourinho fez com o Materazzi, aquele moço defesa central que é um poço de ternura e carinho. Uma cena maravilhosa. Quando vi Mourinho a chorar voltei a acreditar na humanidade. Depois adormeci e passou-me.

Há quem tenha visto jogadores da Selecção a passear no Colombo cheios de remelas nos olhos e com aspecto algo subnutrido. Se os virem por lá ofereçam-lhes um bolo. Pode ser uma pata de veado. Ou os heróis ainda nos morrem de fominha nas escadas rolantes. Em tempos de crise há que ser solidário. Ninguém quer que os jogadores acabem por aí a arrumar carros.

Contas feitas são 19 mil euros por dia e um total de 720 mil euros em pernoitas no final da festa que a Federação vai gastar com os prodígios. E tudo por amor ao país. Agora imaginem se fosse por dinheiro.

Sem contar com os prémios que cada um recebe caso ganhem alguma coisa para além obviamente dos 800€ dia para a bica, bollycao e meter uma moeda naquelas máquinas que têm um macaco lá dentro a abanar-se. Depois se sair um peluche bonito mandam-no à esposa, provavelmente em executiva ou num jacto privado.
Numa altura em que se pedem sacrifícios de toda a ordem e feitio aos portugueses, apertos de cinto constantes com reflexo no pescoço de milhares de pessoas, famílias à beira da bancarrota, completamente asfixiadas e sem esperança, os jogadores ricos da selecção de um pobre país não abdicam dos seus 800€ diários para irem passear à África do Sul.

Sim, eu repito: passear. E ainda por cima com tudo pago em regime de luxo. Ninguém os obriga a ir. Vão antes com os miúdos à Eurodisney.
Alguns deviam pagar para vestir aquela camisola e não o contrário. A selecção não é um clube de futebol. Isto revolta-me um bocadinho, provavelmente não será só a mim, mas não faz mal: se estiverem como eu soprem na Vuvuzela que isso passa.


Tiago Mesquita ( <http://www.expresso.pt/> www.expresso.pt)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Contenção orçamental vai prolongar-se po rmais anos


O ministro das Finanças português deu ontem razão ao comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários: Portugal tem de continuar a consolidação orçamental após 2011, pelo que as medidas de contenção deverão prolongar-se pelos anos seguintes.

Teixeira dos Santos explicou que os actuais cortes deverão colocar o défice acima de 4% em 2011, pelo que o cinto terá de continuar apertado até 2013 para baixar o ‘prejuízo’ das contas públicas para o limite imposto pela UE: 3%.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Escolas II

O governo quer fechar as escolas com menos de 20 alunos e li algures uma proposta de alguém, (penso que do PSD), que falava em menos de 100 alunos. Fechar escolas parece ser um fetiche de todos os governos desde o Cavaco Silva, (inclusivé). Não entendo porque não acabam com isso de vez e metem todos os miúdos e os mais graúdos numa única hiperescola. Para garantir que não têm de sair de véspera para chegar a horas à escola até podem justificar um TGV para cada aldeia do interior despovoado. Essa escola estaria no numa espécie de enorme Poceirão, um novo "Entroncamento" para TGV's, com super fenómenos e tudo. Ficava satisfeito o Ministro das Obras Publicas que ia ter muitos concursos para lançar, o "Engenheiro" que for Primeiro-ministro na altura que ia ter muita primeira pedra para colocar, o Ministro das Finanças que ia poupar uns euros na educação, a Ministra da Educação que ia ter menos professores para se manifestarem contra ela e os pais das crianças que quase nunca teriam os filhos em casa.

Se realmente o que querem é poupar, pelo menos por uma vez não venham contar tretas que é para o bem dos alunos e poupem em despesas com o supérfluo, o luxuoso, o desnecessário e deixem a escola pública em paz.


Retirado do blog: WehaveKaosinthe garden

terça-feira, 1 de junho de 2010

Já o outro dizia: "É tudo a bem da Nação!..."

Governo vai fechar 500 escolas de 1º ciclo

Alexandra Inácio

Quinhentas escolas de primeiro ciclo não devem reabrir em Setembro. Essa é, pelo menos, a "expectativa" do Ministério da Educação. A lista definitiva ficará definida a 15 de Junho, quando estiver concluído o "movimento de rede anual" para o próximo ano lectivo. A maioria, no entanto, deve situar-se no Norte e Interior do país.

Hoje, terça-feira, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, uma resolução que determina o encerramento de escolas com menos de 21 alunos.

De acordo com o secretário de Estado da Educação estão identificados cerca de 600 estabelecimentos de 1º ciclo nessas condições e mais 400 cujo fecho já tinha sido decretado mas que tiveram autorização para funcionar mais este ano lectivo. Destes mil, a “expectativa” é que 500 não reabram.