terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Anos 20 em Lisboa.


"Lisboa não escapou aos 'roaring twenties': o jazz invadiu todas as salas de dança, onde as 'jazz-bands' enlouqueciam os dançarinos com os 'charlestons', 'stomps', 'shuffles', 'fox-trots', 'fox-blues'.
A valsa, sobretudo, foi completamente destronada por esta forma de música sincopada e tocada de forma a contagiar o ritmo a toda a gente que a ouvisse.
Mesmo um só piano podia pôr uma festa a pular o 'charleston' ou os pares a flutuar num 'fox' bem marcado.
Apenas o tango sobreviveu, de parceria com a nova música que tinha tido origens em Nova- Orleães.A cultura social dos anos vinte era a de viver intensamente e gozar tudo o que a vida podia proporcionar, o mais rápido possível. Não esqueçamos que o modernismo e o 'avant-gard', em todas as artes, surgiram também em Portugal, com centro na capital.Lisboa foi uma verdadeira 'terra de perdição', nessa época de revoluções, de permanentes mudanças de governos e de grandes movimentos artísticos, de homens de letras e artes que ainda hoje não foram esquecidos, pois fizeram a história da arte moderna no nosso país.A par de todo este movimento artístico desenvolveram-se em Lisboa grandes clubes nocturnos, com jogo, mulheres, grandes banquetes. Neles imperava o jazz da época, selvagem, rouco e ensurdecedor. Todos tinham 'jazz- bands', cantoras e cantores, e a grande maioria exibia 'shows' em palco, com bailarinas e números eróticos.

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