quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Presidente... e os submarinos do Portas.

Mas o que devemos de esperar destes governantes... senão isto?

Cavaco Silva desviou ontem as atenções sobre as suspeitas de escutas, mas anunciou que no seu sistema de mails "existem vulnerabilidades" e "pediu que se estudasse a forma de as reduzir". À hora do jantar, os portugueses assistiram em directo ao Presidente da República a manifestar a mais feroz declaração de desconfiança sobre o PS de José Sócrates, que se espera que vá convidar para formar governo em breve.
Apesar de nem confirmar nem desmentir cabalmente as notícias do "Público" de Agosto, sobre escutas e vigilâncias na Madeira, Cavaco Silva lançou ao país uma nova suspeita, agora sobre correio electrónico vigiado. A nova dúvida surgiu-lhe no meio da campanha eleitoral depois de ter visto o "Diário de Notícias" publicar um e-mail interno do "Público". Datado de Abril de 2008 e escrito pelo editor do Nacional, Luciano Alvarez, era dirigido a Tolentino de Nóbrega, correspondente do jornal na Madeira.


Depois de um longo período de acalmia mediática, o processo de investigação à compra de dois submarinos pelo governo de Durão Barroso e Paulo Portas voltou ontem à ribalta. Buscas a pelo menos três sociedades de advogados fizeram ressurgir suspeitas de corrupção, tráfico de influências e financiamento ilegal de partidos políticos no negócio firmado em Abril de 2004, quando Paulo Portas era ministro da Defesa.

Nota: Artigos e imagens do Jornal I de 30.09.2009.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

E depois de nós... O Adeus... o ficarmos sós...



E ainda não chegaram as "autárquicas"...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

E então as PME's? Afinal como é?


As pequenas e médias empresas da zona euro consideram ter sido mais díficil conseguir financiamento no primeiro semestre deste ano e não esperam uma melhoria no segundo, mostra um inquérito do Banco Central Europeu (BCE) hoje divulgado.
Publicando os resultados do seu primeiro inquérito junto das PME, o BCE disse ter havido "uma deterioração das disponibilidades de financiamento externo" e que para o futuro, "a maioria das PME espera que a sua capacidade em obter financiamentos se mantenha largamente inalterada".


Fonte: DN de 21 de Setembro de 2009



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Texto de Mia Couto.


A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.* *A verdade é esta: são demasiados pobres os nossos "ricos". Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem (...)

Mia Couto

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Aqui há gatos!...


Quem paga a campanha eleitoral dos Gatos Fedorentos, seguido das Zitas Seabras do Bloco de Esquerda

Há um novo partido, em Portugal, que não está sujeito às regras de tetosde gastos de campanha: chama-se Partido dos Gatos Fedorentos, e temcomo única linha programática manter a estupidez média do Português,abaixo da média, num nível de estabilidade médio de estupidez estável.Éuma imagem à qual recorro muito, e nem sequer é minha, é da Sociologia,campo ao qual sou totalmente alheio, a da chamada "Mulher Alibi". AMulher Alibi, que muitas vezes é um homem, ou um grupo, é uma vozindividual, ou coletiva, com lugar no palco dos que têm forteaudiência. O seu papel é elementar: trata-se de um dos membros doSistema que é subsidiado para fazer o papel de quem está CONTRA oSistema. O princípio é aristotélico e catártico: enquanto o pagode seentretem com as pseudocríticas regurgitadas pela Mulher Alibi, vaidiluindo as tensões que poderia ter, e os instintos de se tornaragressivo, agarrar numa moca, e ir direto àquelas caras que são oSistema. Quando a Mulher Alibi satiriza o Pinto da Costa, o PauloPedroso, o Sócrates ou gentalha afim, a raiva coletiva esvai-se noespetáculo intermédio e nunca se atreve aos fins finais, cuja magnitudee extensão vindicativa poderiam ser devastadoras. Os Gatos Fedorentos,como aquela cadela do Eixo do Mal, a Quadratura das Bestas, em tempos,o cocainómano Esteves Cardoso e afins desempenhavam o mesmo papel. Umdia acabarei a engolir o meu próprio veneno, e a perceber que o tempoperdido pelos meus leitores nas divagações do "Arrebenta" tambémpoderão ser engavetadas, nalgum investigador das eras futuras, na mesmagaveta... Sim, não estou livre de ser cronologicamente taxado de MulherAlibi, mas deixo essa reflexão para os vossos filhos e netos, e passoadiante, que não sou futurólogo, nem masoquista.Interessa-meagora o presente, e saber o que leva a SIC, creio (?), a pagar a umbando de indivíduos cuja única finalidade é embrutecer ainda mais opensamento médio, médio baixo, e baixo, das plateias, a aparecer nomeio de uma campanha eleitoral, para a descarga de justas energias damassa eleitoral, em plena efervescência.Quem os paga, a quem servem, e qual a sua finalidade?...Para mim, a resposta é evidente, mas fica aqui lançada como pergunta, para que, ao contrário de verem os resultados medíocres dessa equipa,PENSAREM um pouco no que vos cerca, e cesso aqui o assunto, porque oque realmente me vai consolar, depois do terramoto de 27 de Setembro,são as virgens púdicas do Bloco de Esquerda que se vão encostar aoPoder, qualquer que ele seja. Tudo indica irmos ter uma minoritaríssimaFerreira Leite, que, se continuar a tocar na tecla da independência edo levantar a cabeça contra os interesses ibéricos talvez se ponha ajeito para uma votação na qual nunca terá pensado... Não é por acaso,nem por humor, que bandeiras monárquicas foram içadas em Cascais e noPorto. Queriam tão só dizer, Português, lembra-te de que houve um tempoem que começaste, porque quiseste e precisaste, de ser Português, eesse sonho está agora em risco. Com Manuela Ferreira Leite, choverão queijos limianos e zitas seabras, desta vez, a saírem do saco de gatos assanhados a que se usa chamar Bloco de Esquerda, prontos para defenderem TGVs, ContençõesOrçamentais, e, por que não, a consolidação dos passivos do BPP. AnaDrago tornar se á confidente do Padre Feytor Pinto, e Fernando Rosasirá de mão dada com o Padre Melícias saber se o Guterres ainda anda amamar leitinho Opus da Vaz Pinto. Vai ser um amor, uma coisa piedosa, eque nos vai cortar o coração, porque nós gostamos, sempre gostámos, depessoas disponíveis para ajudar o vizinho. É a Síndroma do Empresta meuma colher de açúcar, quando, no fundo, o que o levou a bater à portada vizinha era uma sublime ânsia de minete. Eu sei que é feio, mas aisto chama-re Real Politik, e vai ser o cenário Outono/Inverno, paraPortugal. Na terminologia da minha doméstica, vai ser um salve se quem puder.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Eu também quero ir... para esse país!...


Uma comitiva do Parlamento Europeu a convite de Sócrates e da sua Ministra Lurdinhas, visitam uma escola modelo no nosso país maravilha.
Numa sala da primária cheia de jornalistas a ensaiada professora com ambição a uma futura boa colocação, pergunta aos alunos:
- Onde temos a melhor escola?
- Aqui em Portugal. – Respondem todos.
- Onde temos o Magalhães, o melhor portátil do mundo?
- Em Portugal. – Respondem.
- E onde há os melhores recreios da Europa?
- Aqui em Portugal. – Respondem mais uma vez.
- E onde existem as melhores cantinas, que servem as melhores sobremesas?
- Na nossa Escola, aqui em Portugal!
A professora ainda insaciada, continua:
- Onde é que vivem as crianças mais felizes do mundo?
- Em Portugal! – Respondem os alunos com a lição bem estudada.
Os tradutores lá iam informando a comitiva estrangeira que abanava acabeça, cépticos.
Nisto uma garota no fundo da sala começa a chorar baixinho.Com as televisões em directo, Sócrates, para impressionar convidados e jornalistas, pondo-se a jeito para as câmaras, resolve acudir à menina perguntando-lhe:- Que tens minha Menina?
Resposta imediata da menina, soluçando:
- QUERO IR PARA PORTUGAL!!!!!!!!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

"A política de verdade lembra manifesto nazi"



Parte da entrevista de Joana Amaral Dias concedida ao Jornal "DN".


O Bloco e o PCP também não se entendem para permitir a coligação de esquerda?
Volto a dizer que Sócrates era quem tinha de dar esse sinal e não dá!E porque é que não dá?
O que se passa é que Sócrates nem de esquerda é mas o representante do Portugal moderninho. As únicas ideias que este primeiro-ministro tem para Portugal são os Magalhães, os cheques-bebé e mais quatro ou cinco medidas, e acha que irá resolver os 10% ou 11% de desemprego com 30 mil estágios. É capaz de estar a dar uma hora de entrevista sem apresentar uma ideia para o futuro, mesmo à beira de eleições! Certamente não é de esquerda, talvez seja de direita - acho mais provável - e, sobretudo, é uma pessoa com pouco posicionamento ideológico e de pouca clareza no espectro partidário e político em que realmente se situa.
Daqui a pouco estamos a dizer que é Manuela Ferreira Leite que é de esquerda?
Não! Manuela Ferreira Leite tem um enorme calcanhar de Aquiles, que é representar um conceito completamente anacrónico e serôdio. E vai-se reduzindo a nichos de posições como o casamento que é para procriação, não fazer o TGV e o novo aeroporto porque não queremos dar emprego a ucranianos... Estas frases muito infelizes de Manuel Ferreira Leite são exploradas até à exaustão por Sócrates porque é o que o distingue de Manuela Ferreira Leite!
Mas como explica que a atitude com que Ferreira Leite se apresenta seduza uma tão grande parte do eleitorado?
Bom...
Até há quem diga que está a protagonizar uma nova forma de fazer de política!
Até agora tenho visto meia dúzia de slogans a dizer "Política de verdade", que é uma coisa que me confrange porque a verdade pertence aos absolutistas. Aliás, lembra o manifesto nazi, que tinha logo nas suas primeiras linhas referências sobre os mentirosos políticos. Quando se fala de verdade em política, é algo que me arrepia e penso que não estarei sozinha nessa reprovação de mensagens críticas. A sua nova forma de fazer política reduz-se a essa política de verdade - com uma sucessão de frases infelizes que passaram a ser parte do nosso anedotário político - enquanto o programa tem muito poucas ideias e não consegue definir prioridades nem responder à crise. Fala de menos Estado, melhor Estado e de políticas neoliberais - parecendo que não se aprendeu nada com esta crise - que depois não concretizam nenhuma medida.
Como justifica a intenção de voto no PSD?
Para além do eleitorado fixo do PSD, há muitas pessoas que estão desiludidas com o Partido Socialista e com Sócrates e que não encontram outra resposta que não a alternativa. Se este não serviu, vou votar na alternativa mais evidente, uma dicotomia habitual em Portugal. Muitas pessoas que vão votar em Manuela Ferreira Leite é por falta de outras alternativas.
Portugal está condenado à bipolarização?
Não, pelo contrário, apesar de se manter esse movimento de alternância sistemático entre PS e PSD. No entanto, os resultados eleitorais das europeias demonstraram clarissimamente que pode alterar e estou convencida que há uma mudança bastante acentuada e nova na resposta do eleitorado ao acontecer uma maior disseminação do voto noutros partidos. O Bloco de Esquerda cresceu, o PCP cresceu e o CDS também teve um resultado assinalável, o que significa que começámos a ter uma fatia do eleitorado muito significativa que já não se revê no PS e no PSD. E esta é uma tendência para crescer e que evitará a manutenção de uma alternância que tem produzido muitas tragédias para o País.
Mas nenhum partido será alternativa por si só ao PS e PSD. O próprio Bloco afirma não ser um partido de poder.
O Bloco de Esquerda tem um problema, o de os seus principais dirigentes ainda não terem definido claramente se querem ou não exercer o poder em Portugal. Enquanto essa posição não for definida e tomada publicamente, o Bloco tem um problema de facto. Também terá de decidir internamente porque precisa de uma identidade própria e que não se reduza às originárias: PSR, UDP e ex-comunistas. Enquanto o Bloco não assumir essa postura de disputa de poder, penso que o problema não acabará. De qualquer modo, não é justo acantonar o Bloco enquanto partido de protesto, porque, se tem tido esse papel, também conseguiu apresentar alternativas, soluções e propostas.
Como é que está a sua relação com o Bloco de Esquerda?
A minha relação com o Bloco ficou no ponto mínimo a seguir à última convenção em que optou por retirar-me da mesa nacional e fiquei militante de base. Estatuto que ainda mantenho...
Vai continuar a manter esse estatuto?
... que ainda mantenho! Depois dessa atitude do BE, como também é público, surgiu um convite do PS para ser deputada. Na altura achei, por uma questão de transparência, que devia comunicar esse convite ao Francisco Louçã, porque ele é o coordenador do Bloco de Esquerda e porque era um dever da minha parte que o Bloco soubesse por minha voz directa o que tinha sucedido e não por outras pessoas, de forma distorcida ou enviesada.

Podia não ter dito nada a Louçã!
É uma pergunta que me têm feito: "Porque é que comunicou ao Louçã?" Fi-lo porque achei que era o correcto.Não estava a tentar reencontrar o seu espaço no Bloco de Esquerda…
Isso dou de barato porque sei que jamais sucederia. Como disse, mantenho a minha militância e enquanto assim estiver guardo alguns deveres e direitos em relação a essa militância. Acredito que um militante do partido, uma vez que foi convidado para integrar as listas de outro partido, deve, por uma questão de seriedade, comunicar ao primeiro responsável do partido. Voltaria a fazer o mesmo, como gostaria que o fizessem comigo se fosse a posição contrária. Agora o que acho lamentável e que não gostei que assim tivesse sucedido foi a utilização que o Francisco Louçã deu a esse convite…
Sentiu-se manipulada?
O facto de Francisco Louçã ter colocado esse convite e as suas implicações políticas - as que Louçã viu nesse convite - nas primeiras páginas e na crista da onda da comunicação social não me agradou. Tenho pena que assim fosse porque o convite foi-me dirigido a mim e, portanto, eu é que teria de fazer a gestão política desse convite e não Francisco Louçã. Para além de também não me rever no excesso de atenção e exposição que este convite recebeu na comunicação social! Não acho que eu fosse ou seja merecedora desse tipo de exposição. Não entendo que merecesse esse tipo de atenção! Não me senti ofendida por esse convite, acho até normal que um partido político nestas circunstâncias - com um militante que foi afastado da direcção, etc. - o fizesse e comuniquei apenas por transparência. Portanto, fiquei perplexa e desagradada quando vi o tratamento que foi dado por parte do Bloco de Esquerda e depois pelas ondas de repercussão.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

"Os grandes delinquentes adoram o nosso sistema"


A entrevista a Cunha Rodrigues saiu no DN de hoje.

A notícia já é muito antiga...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Gripe A assusta menos que... os politicos.


Gripe A: médicos acusam interesses económicos de criar "doença fantasma".

O presidente da Ordem dos Médicos de Espanha, Juan José Rodríguez Sendín, denunciou hoje que existem interesses económicos por detrás da criação de "uma epidemia de medo" causada por uma "doença fantasma", noticiou o diário espanhol "El País".
Já ontem, o conselho-geral da Ordem dos Médicos de Espanha tinha advertido, num comunicado de imprensa, que se está a criar "um alarme e uma angústia exagerada à volta da gripe A". Mas esta manhã Rodríguez Sendín foi mais duro nas críticas que proferiu durante uma conferência de imprensa. "Existem interesses económicos, que são evidentes, e inclusive políticos", acusou o responsável.
"Com os dados à frente" confirma-se que o vírus da gripe A regista taxas de mortalidade e complicações "bastante mais leves e toleráveis" do que as que a gripe sazonal manifesta todos os anos, acrescentou Rodríguez Sendín. Assim, "95% dos pacientes irá passar pela doença sem problemas" e "não há razão para serem mais vacinados" do que já são para resistir a uma gripe normal, tranquilizou o responsável.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

De regresso... sem nada de novo...

Desemprego no nível mais alto há quatro meses




Portugal regista uma taxa de desemprego de 9,2% desde Abril, valor bastante acima das médias anuais contabilizadas pelo Eurostat desde 1997 e também o número mensal mais alto desde há um ano, que nem o emprego sazonal do Verão conseguiu baixar. Na Zona Euro a percentagem de pessoas sem emprego voltou a subir, para 9,5%.

DN de 01/09/2009