segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Comboio da globalização.


O ex-primeiro-ministro e actual alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados alertou hoje para situações de crise global, considerando que, “da maneira como a comunidade internacional está a olhar para o mundo, não iremos longe”.

João Marco Pinhão | destak@destak.pt (5 de Maio de 2008)

Segundo a agência noticiosa Lusa, António Guterres mostrou-se preocupado com a subida do preço dos alimentos, da energia, a desaceleração da economia mundial, “que se faz sentir sobretudo nos mais pobres” e as alterações climáticas.

À margem de uma visita ao Fundão e à aldeia das Donas, onde passou parte da sua infância, onde hoje foi homenageado pela Câmara e Junta de Freguesia locais, António Guterres não escondeu a sua preocupação com actual crise mundial. Tudo isto a par de conflitos “no Afeganistão, Iraque, Palestina, Sudão". "E esperemos que não no Líbano”, acrescentou.

«Há uma série de ameaças que já se concretizaram ou estão como uma espada sobre as nossas cabeças e que nos devem levar a pensar como é possível olhar para o mundo de outra maneira», referiu o alto-comissário, onde acrescenta: «Pela maneira como estamos, como a comunidade internacional está a olhar para o mundo, não iremos longe.»

Assimetria de classes

“O fosso entre ricos e pobres é um dos problemas mais dramáticos da globalização”, exacerbou, recordando que foi na infância nas Donas que primeiro tomou consciência de desigualdades sociais.

Pergunto eu:
Há quanto tempo sabemos(eles ainda sabem melhor que nós...) que isto iria acontecer?
A quem interessa que a situação se mantenha assim?
Porque razão desejaram "eles" tornar o mundo cada vez mais desigual?
A foto é do comboio de Auschwitz. Afinal os "monstros" não acabaram...

1 comentário:

confra-ria disse...

A história repete-se ,sera uma fatalidade!... uma condição humana incontornavel...não sera que boa parte do hémisferio rico enfia,quando lhe convem, a cabeça na areia como as avestruzes .É dificil,para quem tem consciência,ser feliz ignorando tanta infelicidade.Infelizmente poucos politicos têm "tomates" para enfrentar a"besta"é mais facil juntar-se a ela e vender a alma em troca de dinheiro e mais poder.Os piores cégos são aqueles que não querem ver e andamos nós por aqui anestesiados com centros comerciais, hipnotizados pelo brilho das lantejoulas e de sonhos pré-fabricados enquanto a outra metade deste calhau azul vive na mais sombria miséria...
O comboio indecente da vergonha continua a sua viagem...

Fui durante muitos anos passageiro do Sud Express ,nele fiz viagens muito felizes mas tambem outras carregado de saudades...
Hoje fiquei feliz por ter parado nesta estação.Por agora vou descer , mas vou regressar para mais uma viagem.
Um abraço .Manu