quarta-feira, 11 de junho de 2008

Convoy – O Comboio dos duros.




“Esta é a história de um lendário camionista, Rubber Duck, que se desentende com um xerife contra a corrupção policial. Após ser roubado e humilhado pelo xerife Lyle, Rubber convoca pelo rádio centenas de camionistas para um protesto. Em poucas horas, um poderoso comboio de camiões de todos os modelos e tamanhos levanta a poeira das estradas do Arizona para juntar-se a ele, rumo ao México. Esta longa jornada irá trazer questões sociais de classes, raças e sexo, assim como o lugar da lei na sociedade moderna. Mas para chegar ao seu destino e assim pôr fim à corrupção policial e à política da qual estão sendo vítimas, eles terão que enfrentar muitos desafios...”

Esta é a sinopse do filme que há alguns anos correu nos ecrans de vários cinemas.
Ontem o “filme” foi real. Tão real como a(s) crise(s) que atravessa toda a Europa. Infelizmente um motorista morreu num “acidente estúpido”. O que se irá passar a seguir?!...
Não posso deixar de mencionar um parágrafo da crónica de Baptista Bastos no DN de hoje:

Até hoje, não tivemos dirigentes à altura das expectativas dos portugueses. As crises, acumuladas umas nas outras, atingiram um estádio insuportável. A agitação social dos últimos meses não culmina com a questão dos combustíveis e a revolta dos camionistas. E estabelece uma relação de continuidade, cujas origens estão no desfasamento de quem dirige com a realidade circundante, e na recusa obstinada em selar um novo pacto social, que não coloque no limbo o mundo do trabalho. Pescadores parados, milhares de camiões estacionados, duzentas mil pessoas em desfile protestatário, a Igreja a dar inequívocos sinais de incomodidade, através de declarações veementes de D. Manuel Clemente e de D. Manuel Martins, pronunciamentos políticos de diversos sectores - eis a representação de uma sociedade perturbada.

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