segunda-feira, 3 de maio de 2010

Para quando o enterro do neo-liberalismo?


O Neo-liberalismo é uma corrente de pensamento e uma ideologia, acabando por ser uma forma de ver e julgar o mundo social.
Todos temos assistido nos últimos decénios à sua aplicação nos diversos domínios da vida social. O declínio do liberalismo clássico foi vertiginoso a partir de 1929, aquando da quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Desde então, ganharam forças, as teorias da intervenção do Estado na economia. O período de pós-guerra até à década de 60, foram os anos de maior desenvolvimento das economias capitalistas.
Depois desta época de forte intervenção estatal, a partir dos anos 80, regressaram em força as correntes liberais. A solução proposta foi a redução do poder do Estado, diminuição generalizada de tributos, privatização das empresas estatais e redução do poder do Estado de fixar preços. Margaret Thatcher destacou-se no espaço europeu, ao abraçar com determinação esta ideologia neo-liberal. Quando saiu do poder os resultados falavam por si, a pobreza infantil havia triplicado, colocando a Inglaterra no último lugar da Europa, relativamente a este índice, ao mesmo tempo que a classe mais alta via subir os seus rendimentos cinco vezes mais que a classe mais baixa, isto é, a desigualdade social aumentou então drasticamente.
A mais recente onda liberalizante teve início com a queda do muro de Berlim, tendo sida fundamentalmente promovida pelo FMI e, os economista liberais, que viam nesta corrente ideológica o remédio para reduzir a pobreza e acelerar o desenvolvimento global.
Pois bem, após todos estes anos de forte implementação destas medidas liberais, as mesmas não reduziram as desigualdades, antes pelo contrário, acentuaram-nas, e a pobreza tem aumentado de forma dramática. A desregulação dos mercados teve como consequência uma maior concentração do poder económico nas mãos de empresas monopolistas, cujo fim é apenas o lucro, não tendo a mínima consideração pelo bem-estar da pessoa humana.

Sem comentários: