quinta-feira, 27 de maio de 2010

Fuga de enfermeiros e início das férias põe INEM em risco de ruptura


O início do período de férias e a saída de enfermeiros até aqui cedidos ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) pelos seus hospitais de origem pode criar em breve uma situação de ruptura nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e nos de Suporte Imediato de Vida (SIV). Números internos a que o i teve acesso revelam que desde Fevereiro a carga de horas extra tem vindo a aumentar, devendo superar em Junho as 20 mil, só com enfermeiros. A estimativa refere-se apenas às escalas para atender a todos os serviços em funcionamento no país, e não inclui situações de doença ou absentismo. Contactado pelo i, o gabinete de comunicação do INEM não confirma nem desmente estes números. "O único aumento que poderá haver prende-se com o período de férias, como acontece em todo o lado", disse a porta--voz, Raquel Leal.A saturação dos serviços foi denunciada esta semana pela deputada social--democrata Rosário Águas, na Comissão Parlamentar da Saúde que sucedeu à apresentação do plano de dez medidas para cortar 50 milhões na despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A primeira medida pede aos hospitais do SNS para apresentarem ao Ministério da Saúde, no prazo de 20 dias, um plano de redução de despesas, no qual deverá constar um corte de 5% na despesa com horas extraordinárias. "Perante o apelo a um corte cego nos hospitais, como é que se autoriza este desperdício do INEM?", questionou a deputada. "O montante gasto em horas extraordinárias dava para contratar 400 profissionais", critica ao jornal "I"

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