sábado, 8 de setembro de 2012

Salário líquido dos funcionários públicos vai voltar a baixar em 2013.


Os funcionários públicos vão sofrer um novo rombo no seu rendimento mensal. É que embora mantenham, na prática, um corte correspondente aos subsídios de férias e de Natal, o novo mecanismo anunciado pelo primeiro-ministro vai resultar num agravamento fiscal em sede de IRS que fará com que os trabalhadores do Estado recebam um salário líquido inferior.

A diluição de um dos subsídios fará com que o rendimento anual bruto dos funcionários públicos aumente em 2013 face a este ano. Depois, sobre esse salário incide uma taxa social única agravada em sete pontos percentuais, o que faria com que o vencimento líquido fique sensivelmente idêntico ao recebido este ano.

Acontece que pelo simples facto de ter um salário bruto mais elevado, aumentam as retenções a que está sujeito, quer por via da taxa social única, quer por via do IRS, o que será ainda mais agravado caso haja mudança de escalão.

Um exemplo concreto: um trabalhador que tenha actualmente um salário bruto de 1.050 euros vai passar, no futuro, a ter um salário bruto de 1.137,5 euros (com a absorção mensal do subsídio).

Face à actual tabela de retenção, isso significa, de imediato, uma mudança de escalão, e portanto mais IRS a pagar. Se este trabalhador público for solteiro sem dependentes, em vez de uma taxa de retenção de 9%, pagará 10 %. Ser-lhe-á retido 113,75 euros em vez dos 94,5 euros que lhe é retido este ano. Por outro lado, como a base tributária é mais alta, cada ponto percentual que contribui para a Segurança Social será agora mais alto.

Nota: Ai é assim que se criam condições para melhorar a vida do povo? Ou se calhar, digo eu, se criem as condições para uma “revolução popular”…

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