O Presidente dos Estados Unidos da América, Barak Obama, é o Nobel da Paz 2009, anunciou esta manhã o Comité Nobel. Obama foi premiado ?pelos seus extraordinários esforços para desenvolver a diplomacia internacional e a cooperação entre povos?. Obama já se mostrou "honrado" pelo galardão, adiantou o porta-voz da Administração norte-americana.
“Só muito raramente uma pessoa conseguiu ao mesmo nível que Obama capturar a atenção do mundo e dar ao seu povo esperança num futuro melhor. A sua diplomacia é fundada no conceito de que aqueles que lideram o mundo devem fazê-lo na base de valores e atitudes que são partilhados pela maioria da população mundial”, vincou o Comité Nobel.
O DISCURSO
O presidente norte-americano, Barack Obama, declarou-se hoje "surpreendido e honrado" com a atribuição do Prémio Nobel da Paz, mas considerou que tem de fazer mais para o merecer.
Numa declaração nos jardins da Casa Branca, Obama disse que recebeu a distinção com "profunda humildade" e considerou que o prémio é um apelo à acção.
"Para ser honesto, tenho a impressão que não mereço estar na companhia de tantas personalidades que transformaram as suas épocas e foram distinguidas com este prémio", disse o presidente norte-americano.
O Prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído ao presidente dos Estados Unidos "pelos seus extraordinários esforços para reforçar a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos", anunciou o Comité Nobel norueguês.
"Tomei conhecimento da decisão do Comité Nobel com surpresa e uma profunda humildade", afirmou o presidente dos Estados Unidos.
"Aceitarei a recompensa como um apelo à acção, um apelo lançado a todos os países para que enfrentem os desafios comuns do século XXI", acrescentou Obama.
Um porta-voz do presidente já fez saber que Obama irá a Oslo para receber o galardão, a 10 de Dezembro.
No cargo há apenas nove meses, Obama chegou à Casa Branca com a promessa de começar uma nova etapa de cooperação com a comunidade internacional.
O presidente norte-americano prometeu o encerramento do centro de detenção de Guantanamo em Janeiro, defendeu um mundo sem armas nucleares, a abertura de um diálogo com o mundo muçulmano e prometeu ainda o seu envolvimento pessoal para que a paz seja alcançada no Médio Oriente.
"Não podemos tolerar um mundo onde as armas nucleares continuem a propagar-se", reafirmou hoje, apontando também o desafio mundial de combater as mudanças climáticas.
"Não podemos aceitar a ameaça crescente que representam as alterações climáticas e é por isso que todos os países devem assumir as suas responsabilidades e mudar a forma como se servem da energia", afirmou.
O conflito israelo-palestiniano também foi explicitamente mencionado pelo presidente dos Estados Unidos, que defendeu "um compromisso determinado" para que os israelitas possam viver em segurança e os palestinianos tenham o seu Estado.
Barack Obama repetiu ainda que a sua administração está empenhada numa "nova era de diálogo", mas sublinhou que estes desafios não dependem de um único dirigente ou de apenas um país.
Numa nota mais pessoal de reacção ao Nobel, Obama disse também que "não há nada como ter filhos para manter as coisas na sua perspectiva correcta", lembrando que logo de manhã as filhas tinham lembrado que hoje é o aniversário do cão da família, Bo, e que este será um fim-de-semana prolongado dado que segunda-feira é feriado nos Estados Unidos.
DN - 09 de Outubro de 2009
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