quinta-feira, 5 de março de 2009

Então... mas a crise é só para alguns?




Eurodeputados portugueses passam a ganhar o dobro

Aumentos. A partir das próximas eleições europeias, que em Portugal se realizam a 7 de Junho, os eurodeputados vão passar a ganhar um vencimento único. No caso dos portugueses, o aumento vai para o dobro do que ganhavam até aqui. De 3815 euros passam para os 7665 brutos. Isto sem esquecer outros subsídios.
O argumento é de que: "Este Estatuto põe fim à violação do princípio de trabalho igual por salário igual".
Em consequência do novo estatuto, e feitas as contas aos descontos a que são submetidos os salários, os parlamentares portugueses passarão a ganhar, em valor líquido, 5963 euros, quando, até aqui recebiam 2525 euros líquidos por mês.Além disso, a juntar à remuneração propriamente dita, o PE transporta das regras actuais para as que entrarão em vigor depois de Junho, o chamado "subsídio de estadia" aos deputados. Esta ajuda de custo, no valor actual de 287 euros diários, é devida aos deputados "por cada dia de comparência a reuniões oficiais dos órgãos do Parlamento de que o deputado faça parte e que se realizem no interior da UE", lê-se no regulamento disponível no sítio da Internet do PE. A esta quantia acrescerá ainda uma outra, de 143 euros, caso a comparência tenha de ser feita fora da UE.

DN – 05/03/2009 - ALEXANDRA CARREIRA, Bruxelas



Dificuldade em “ter uma refeição”

O valor das bolsas de estudo no ensino público pode variar entre os 50 e os 250 euros, conforme a instituição.
Em tempos de crise esta ajuda parece não chegar e às associações de estudantes chegam já pedidos de auxílio. “Há inúmeras conversas de corredor onde se percebe que há alunos com dificuldades em ter uma refeição e em pagar o alojamento”, explicou ao nosso jornal Filipe Almeida, presidente da Federação Académica do Porto, acrescentando que “cada vez há mais alunos a recorrer às ofertas de emprego” publicitadas pela FAP. Para todos. Por sua vez, o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho relatou que “em alguns casos os alunos têm de abandonar os cursos ou recorrer ao trabalho além do estudo”. Salientando que “a crise afecta as famílias dos alunos”, Pedro Soares sublinhou que “o ensino deve ser para todos e não só para os que têm dinheiro”.

Jornal “Meia Hora” de 05/03/2009

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