quarta-feira, 24 de novembro de 2010

E depois da greve como vai ser?


"Apesar de ainda estarmos em avaliação dos dados relativos à greve geral de hoje, estamos em condições de dizer que a ela aderiram mais de três milhões de trabalhadores", disse o secretário-geral Carvalho da Silva da CGPT.

Segundo Carvalho da Silva, que falava na conferência de imprensa desta tarde na sede da CGTP, esta é "sem sombra de dúvida, a greve geral com mais impacto que já realizámos até hoje".

Confirmando os números, o secretário-geral da UGT, João Proença, acrescenta que esta "foi uma grande jornada de contestação às políticas, uma grande jornada que traduziu esperança num futuro melhor, uma jornada de solidariedade em que mesmo quem não fez greve se solidarizou com quem fez". João Proença recorda que na greve geral de 1988 a população activa era de pouco mais de três milhões de trabalhadores e que hoje esse número é de mais de quarto milhões.

"O PS considera que hoje os trabalhadores portugueses cumpriram o seu direito constitucional à greve e que, a partir de hoje, há uma outra dimensão que se abre para os trabalhadores portugueses, que é a consciência que temos de construir provavelmente em sede de concertação social, porque é a sede onde se constrói também a paz social em Portugal, um novo rumo para uma situação de crise muito violenta que atinge Portugal", disse a deputada Maria José Gamboa.

A deputada do PS falava aos jornalistas no Parlamento sobre a greve geral convocada para hoje pelas duas centrais sindicais, CGTP e UGT. Questionada sobre a quem deve pertencer a iniciativa de estabelecer esse diálogo, a deputada socialista considerou que a responsabilidade pende sobre ambas as partes: executivo e parceiros sociais.

Digo eu: "Que nunca mais se esqueçam, os dois sindicalistas, que só juntos poderão defender as classes que representam"

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