A greve geral e algumas manifestações sectoriais deram este ano o mote para o descontentamento dos portugueses. Os Sindicalistas acreditam que uma "explosão" social poderá acontecer em 2011
Eugénio Rosa, economista e membro da CGTP, considera que em 2010 houve um número de manifestações "com bastante peso" contra despedimentos colectivos. "Para o contexto português, foi um ano de grandes protestos e isso sentiu-se. O certo é que em Portugal a crise está a agravar-se ainda mais e em 2011 é natural que haja um agravamento ainda maior, com aumento dos despedimentos e da miséria", afirmou.
Também João Proença, secretário-geral da UGT, destaca a greve geral e as várias greves sectoriais, mas considera que "não se pode dizer que a conflitualidade social tenha sido tão grave como se configurou".
"A nossa contestação foi relativamente contida, apesar de sofrermos alguns males. Há um sentimento de insegurança, mas que começa a ser de preocupação com o futuro e pode dar origem a uma explosão", afirmou, sublinhando que "com a continuação do agravamento da pobreza, se a pessoa se sentir desprotegida, poderá haver uma grave contestação social".
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