quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Comissão de trabalhadores da TAP vê na privatização uma "traição" do Governo.


A decisão de privatizar o capital da companhia aérea TAP, hoje, dia 2 de Agosto, formalmente aprovada em Conselho de Ministros, foi condenada pela Comissão de Trabalhadores da TAP, que a avalia como "comportamento ilegal do Governo".

Sob o título "Privatização da TAP: decisão ilegal, errada e anti-patriótica que só a luta pode derrotar", a Comissão de Trabalhadores (CT) emitiu hoje um comunicado onde "exige ser imediatamente informada de tudo o que o Governo negociou com a troika estrangeira" sobre a TAP, "de tudo o que o Governo aprovou neste Conselho de Ministros de 2 de Agosto" sobre a venda "e de tudo o que venha ainda a ser decidido". "Para esse efeito pedimos, com carácter de urgência, uma reunião à tutela."

Embora solicite reunião com o Governo, a CT não deixa para então a sua opinião sobre a venda da TAP – cujos moldes ainda não estão definidos. "Reafirma" assim a "sua convicção que a privatização da TAP, a ser concretizada, representaria um crime contra a soberania e a economia nacional" e "que cabe aos trabalhadores e ao povo português impedir mais esta traição do Governo".

Para a CT, o Executivo "negoceia com a troika estrangeira o modelo de liquidação da TAP, mas não cumpre as leis da República Portuguesa que o obrigam a informar, auscultar e ouvir as organizações representativas dos trabalhadores das empresas que o Governo quer privatizar com esta medida (TAP, Lojas Francas, Cateringpor e SPDH, entre outras)".

Em causa está, afirma a CT a "defesa de uma empresa que garante mais de 100 milhões de euros anuais à Segurança Social" e "mais de 20 mil postos de trabalho directamente e muitos mais indirectamente".

Nota: Lembram-se da frase: “É tudo a bem da nação”?

Sem comentários: