O presidente do BCE, Mario Draghi, afiançou na semana passada que o banco central faria tudo o que fosse preciso para manter a Zona Euro e para solucionar a crise da dívida. Hoje, à semelhança dos últimos dias, os mercados abriram expectantes, aguardando em terreno positivo, o discurso de Draghi. E foi quando se deu a desilusão. O líder da autoridade monetária não conseguiu tranquilizar os investidores, uma vez que não apresentou medidas imediatas para conter a crise. E mais: disse que o BCE só comprará obrigações soberanas, para aliviar os elevados juros da dívida, aos países que peçam resgate integral. Esta declaração parece mais um passo no sentido de pressionar o governo de Rajoy a pedir ajuda para o país e não somente para recapitalizar a banca.
Em Itália, a situação foi similar. Este país tem estado a ser bastante pressionado nos mercados, com altas “yields” da dívida soberana e elevados prémios de risco face à referência das Bund alemãs. As palavras de Draghi não aliviaram os receios e os Estados-membros do euro que estão de momento mais frágeis acabaram também por ser os mais penalizados hoje em matéria de desempenho bolsista.
A praça madrilena encerrou a afundar 5,16% para 6.373 pontos, e a bolsa milanesa caiu 4,64% para 13.282 pontos.
Nota: “Os vampiros” estão à espera… do leite fresco da manada.
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