O líder do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, advertiu hoje em Bruxelas que as metas de défice até 2013, com as quais Portugal se comprometeu, são para cumprir, qualquer que seja o próximo Governo, tendo disso dado conta ao líder do PSD.
Juncker indicou que num encontro mantido na quinta-feira com “o líder da oposição portuguesa”, Pedro Passos Coelho, à margem da cimeira do Partido Popular Europeu (PPE), lhe disse que Portugal precisa mesmo de fazer “esforços suplementares” de consolidação orçamental, tendo recebido do presidente do PSD a garantia de que se o seu partido for Governo manter-se-á comprometido com os objetivos traçados.
O presidente do Eurogrupo sublinhou que também o primeiro-ministro José Sócrates deu essa garantia aos seus parceiros durante o Conselho Europeu, afirmando que as metas de défice e de consolidação das finanças públicas portuguesas serão respeitadas qualquer que seja o desfecho da atual crise política.
No final do primeiro dia de cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, Juncker disse que se falou “obviamente dos acontecimentos recentes em Portugal”, garantiu que não se discutiu, “de forma alguma”, a possibilidade de o país recorrer de imediato ao fundo de resgate, mas indicou que foi transmitida uma mensagem muito clara a Portugal.
“Deixámos perfeitamente claro que quem quer que esteja no próximo Governo português terá que apresentar resultados em termos de consolidação orçamental”, disse, apontando que o que está em causa “não depende de partidos ou da composição do Governo”, mas sim de “um acordo entre a Zona Euro e Portugal”.
O presidente do fórum que reúne os países-membros da Zona Euro revelou que também deixou “perfeitamente clara” essa mensagem na conversa com Passos Coelho.
“Todos os partidos relevantes em Portugal sabem, e têm que saber, que somos muito exigentes quanto ao cumprimento dos objetivos e metas definidos em comum”, disse.
Sem comentários:
Enviar um comentário