segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Presidenciais - I


“Se o FMI entrar em Portugal significa, antes de mais, que todos falhamos. Do Presidente da República à Assembleia da República, passando pelo Governo e por toda uma sociedade civil que não soube reagir nem antecipar um problema como este”, afirmou ainda o fundador da AMI. De seguida, e sublinhando que a entrada do FMI, a confirmar-se, “não será uma mera visita de cortesia”, alertou para as consequências imediatas dessa ingerência: “Vai implicar mais cortes radicais na despesa do Estado, despedimentos na função pública, tal como aconteceu na Irlanda e na Grécia. Vai ser uma terapia ainda mais brutal do que aquela que já acontece com este Orçamento de Estado que eu recusei”.

De manhã, Fernando Nobre já tinha deixado críticas veladas a Cavaco Silva. “Não falo da pobreza por mero oportunismo eleitoral, é um assunto a que me dedico há 32 anos, sem bem do que falo”, declarou, no decurso de um encontro com o bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro. Recusando concretizar as acusações - porque indisponível para alimentar “quezílias infantis, estéreis e sujas” - Nobre preferiu alertar para o risco de uma explosão social em Portugal capaz de fazer perigar a democracia: “Se for eleito como espero, tentarei não deixar ninguém para trás, antes que cresça este sentimento de revolta e frustração que pode pôr em perigo nossa democracia”.

Imagem reirada do blog: WehaveKaosintheGarden

Sem comentários: