sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Banalidades de um Presidente.




A desmembrada conversa mantida na TVI pelo dr. Cavaco com Judite Sousa resultou numa funesta meia hora de banalidades
A desmembrada conversa mantida na TVI pelo dr. Cavaco com Judite Sousa resultou numa funesta meia hora de banalidades, apesar dos esforços da entrevistadora, do melhor que por aí há. Já se sabe que o homem não possui ideias de seu, e o que diz é o efeito de consultas apressadas a sebentas anacrónicas, retomadas como se de novidade se tratasse.

Confrange-me dizer que o Presidente da República Portuguesa não dispõe de porte intelectual nem de estilo e estirpe políticos que o recomendem ao nosso respeito. Respeito, aliás, é o que o dr. Cavaco nunca manifestou por nós, tratando-nos como beócios mal informados. O princípio e o conceito repetiram-se. Ausente de qualquer "humildade democrática" (para citar uma frase favorita do dr. Passos Coelho), o chefe de Estado trouxe para a sociedade portuguesa os trejeitos e os tiques de quem foi criado com autoritarismo e os tiques de quem não soube abandonar esses traumas com a chegada da maturidade. Haja Freud!

Ao fim de seis meses de ocupar a cadeira de Belém, e em vez de aliviar os seus silêncios com aquelas notas de redacção da terceira classe atrasada, o dr. Cavaco falou aos portugueses. E os portugueses boquiabertos com o vazio e estupefactos com a insignificância, perguntaram-se: para que foi este homem fazer perder tempo a Judite Sousa e molestar a nossa, já de si muito afectada, paciência?

A jornalista bem tentou obter do Presidente uma breve, escassa, minguada opinião sobre o caso da ilha da Madeira; sobre as decisões governamentais de aplicação de impostos; sobre as anunciadas advertências do ministro das Finanças de que "para o ano vai ser pior"; recessão, impostos em cima de impostos, injustiças imediatamente a seguir a injustiças, eis alguns dos temas escaldantes a que o dr. Cavaco respondeu com evasivas, ambiguidades, subterfúgios, nada de concreto ou de previsível.

Mas como é que a economia vai crescer se, para o ano, a recessão será pesadíssima?, quis saber a entrevistadora. E lá veio o velho breviário das privatizações, da competitividade, do rácio, cuja natureza obedece a uma ideologia económica conhecida. O dr. Cavaco é um político dúbio, incapaz de explicar, politicamente, o que quer que seja. O discurso, repetitivo e maçador, é por demais conhecido. Esperava-se alguma coisa nova? Não o creio. A notícia que nos deu foi a de que vai reunir o Conselho de Estado e escutar opiniões a afim de decidir o que vai fazer. Aproveitou para elogiar o Governo e as tarefas empreendidas pelo Governo, até agora.

Nem um pensamento claro que alicerçasse uma ideia, diferente daquelas que conhecemos. Obediência à troika; submissão às resoluções do Executivo, que configuram a imposição de sentenças; sacrifícios sem alternativa. O costume.

Esta entrevista foi uma sequela dos silêncios a que, habitualmente, o dr. Cavaco se recolhe. Em rigor, ele nada revelou do que pensa; ou, melhor: do que oculta, não sabe ou ignora. Continuamos sem saber as suas reflexões (sem ironia) sobre cultura, embora ele seja lesto e categórico em atribuir qualificações superlativas a artistas, escritores falecidos. Não merece a pena registar acontecimentos recentes. Também sobre a questão social portuguesa o dr. Cavaco quedou-se num mutismo sepulcral, embora Judite Sousa bem se esforçasse para obter qualquer informação, por mínima que fosse.

Os comentadores da praxe disseram que sim, mas também não, ou, acaso, talvez. Chega a ser pungente assistir aos comentários de alguns preopinantes, que, nas televisões, apenas falam - e nada dizem. Um desses chegou a dizer, sem pudor, que o dr. Cavaco enviara alguns recados ao Governo e à… troika!

A entrevista valeu o que valeu, nada, e seria curial e pedagógico que alguns jornalistas dados ao "comentário" tivessem a coragem, não é coragem, é assunção do seu dever profissional, de desmontar a vacuidade de um homem que, como disse, há dias, Carlos do Carmo, tivemos a dolorosa infelicidade de o ter como primeiro-ministro e, depois, como Presidente da República.
Quem nos acode?

Baptista Bastos

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

"Goldman Sachs manda no mundo"



O corretor Alessio Rastani disse, em entrevista à BBC, que "os governos não mandam no mundo, o Goldman Sachs é que manda no mundo". Entre as declarações surpreendentes, revelou que sonha todos os dias com uma nova recessão, pois é uma oportunidade para fazer dinheiro.

As declarações de Alessio Rastani, numa entrevista de três minutos à BBC, em directo, estão a causar polémica.

O corretor do Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo, assegurou que "a crise é uma oportunidade para ganhar dinheiro" e confessou que sonha "com este momento há três anos". "Quando vou para a cama, sonho com uma nova recessão, um outro momento como este", confessou.

Por outro lado, considerou que "a crise é como um cancro" - "Se as pessoas esperam e esperam para passar será tarde demais". Neste sentido, defendeu que não se pode ficar à espera das decisões dos governos, "porque os governos não mandam no mundo. O Goldman Sachs é que manda no mundo".

"O Goldman Sachs não se importa com o plano de resgate, nem os investidores muito dinheiro", acrescentou, em relação à situação europeia e à crise das dívidas soberanas. O corretor concorda com as teorias mais pessimistas e não hesitou em afirmar que "o euro vai cair, porque os mercados são regidos pelo medo".

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Escavadoras...

É preciso que se saiba...





Mas os nossos gestores recebem, em média:
Mais 32% do que os americanos;
Mais 22,5% do que os franceses;

Mais 55 % do que os finlandeses;

Mais 56,5% do que os suecos;

E são estas "inteligências" que chamam a nossa atenção, afirmando:
"Os portugueses gastam acima das suas possibilidades."

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Aumentaram riscos de sustentabilidade financeira global


Os riscos para a sustentabilidade financeira global aumentaram pela primeira vez desde Outubro de 2008, sinalizando uma reversão dos progressos alcançados nos últimos três anos, considerou hoje o Fundo Monetário Internacional.

No seu relatório sobre a estabilidade financeira global, a organização aponta que entre as razões para o regresso dos problemas está um novo abrandamento no ritmo de recuperação económica a nível mundial, que está a empatar os progressos nas correções necessárias aos balanços em muitas economias avançadas.

Entre os riscos que afectam a estabilidade financeira está ainda o contágio da crise da dívida soberana na Zona Euro para o sistema financeiro e as mais recentes tensões nos mercados, que dão indícios de que "os investidores estão a perder a paciência" com a falta de avanços nas correções do sistema financeira e da implementação de reformas.

"Os decisores políticos precisam de acelerar as medidas para combater as fragilidades financeiras que persistem há muito tempo de forma a assegurar a estabilidade", diz o documento.

Durante a apresentação do relatório, o director do departamento para os assuntos monetários e mercados de capitais do FMI, José Viñals, afirmou que "os riscos para a sustentabilidade financeira global aumentaram substancialmente" devido aos três pontos referidos.

"Estamos de volta à zona de perigo", disse.


PS - Até parece que descobriram agora a pólvora...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Kolmi

Os portugueses gostam de levar "porrada"...

Eu não sei se estas "sondagens" são ou não de fonte fidedigna. Mas se forem então comprova-se que os portugueses gostam de sofrer...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

Centenas de "indignados" manifestam-se em Paris


Várias centenas de "indignados" franceses e espanhóis começaram a manifestar-se na tarde deste sábado em Paris contra o sistema capitalista, antes de uma jornada de acção marcada para 15 de Outubro em Bruxelas.

O desfile partiu do sul da capital em direcção à Praça da Bastilha, onde vai realizar-se uma assembleia-geral, e reuniu vários grupos de "indignados" europeus que se concentraram em Paris para daí seguir para Bruxelas.

Na frente do desfile, os manifestantes seguravam uma faixa onde se lia "Marcha popular até Bruxelas", escrito em espanhol.

"Somos um movimento pacífico, cidadão, que quer fazer mexer as coisas. Dirigimo-nos ao povo e pedimos-lhe que acorde", explicou Pierre-Yves, 29 anos, um dos organizadores da manifestação.

A mobilização parisiense dos "indignados" teve início a 19 de Maio, dando eco ao movimento de contestação espontâneo nascido a 15 de Maio na Puerta del Sol, em Madrid, de jovens espanhóis revoltados com a crise económica e o desemprego.

PS - Que respostas dão os nossos políticos, economistas e outros que tais à contestação de um sistema capitalista falido e que está a hipotecar o futuro?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O haiku europeu


A lenda conta que, em Bizâncio, as elites debatiam ainda o sexo dos anjos quando os turcos assaltavam a cidade. Era uma questão de prioridades. A União Europeia é a nova Bizâncio: debate a sua crise existencial em vez de combater a essência da crise. Compreende-se agora melhor porque escolheu para seu presidente um apaixonado por "haiku", Van Rompuy. Vítor Gaspar pode querer ser poeta, mas os sete trabalhos que lhe foram encomendados pela Troika assemelham-se mais ao "Inferno" de Dante. Com a Grécia como fantasma, o mais terrível dos equilíbrios é diminuir o défice e fazer crescer a economia para pagar a dívida. Estamos a expiar as nossas culpas. As dos gastos sem nexo mas também as de termos destruído a nossa economia embalados pela entrada no sistema monetário europeu. A complacência europeia para todos compôs o recital. É por isso que dói os alemães virem dizer, com superioridade e aplaudidos por quem gosta de levar no osso sem se queixar, que a culpa é dos molengas do sul. O tratado de Maastricht só regulou uma questão (a da dívida) esquecendo tudo o resto. E com a cumplicidade da política monetária do BCE, que permitiu no início da década de 1990 que se quebrassem todos os tectos de inflação para a ajudar a reconstrução alemã, agravou-se a célebre bolha consumista do sul da Europa. Alguém se quer relembrar de como tudo isto começou? Deixou de haver espaço para continuar a discutir-se o sexo dos anjos à espera que essa conversa afugente os bárbaros. A Alemanha precisa de decidir o que quer para si, para a Europa e para o euro. Os bárbaros estão já dentro da cidadela.

Crónica de: Fernando Sobral

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Merkel diz querer salvar o euro


"O facto de a troika regressar à Grécia significa que o país começou a fazer o que tem de ser feito" - afirmou ontem Angela Merkel. A chanceler redobrou esforços numa ofensiva sobre os mercados e os políticos, reafirmando o seu empenho em estabilizar a zona euro.

"Os políticos devem pesar cuidadosamente as palavras para evitar turbulências nos mercados" - uma crítica directa ao seu ministro da Economia que defendia, em artigo de opinião publicado no "Die Welt" na segunda-feira, que o "default" grego não devia ser descartado.

Mas também Barack Obama parece visado: o presidente dos EUA dissera que a economia mundial continuará fraca enquanto a crise da dívida pública na zona euro não for resolvida. Merkel não tem dúvidas de que o "default" grego ditaria o fim da moeda única. Encontrou-se com o PM finlandês e garantiu que ambos estão "determinados na estabilização" do euro. Mas a contagem decrescente continua.

Reforma assim... é só para alguns!...


Reformou-se aos 42 anos de idade...cansada...muito cansada...
Quadro do partido laranja, e pelo seu partido escolhida para o cargo mais alto da representação do Estado, a seguir ao presidente da República.
Aqui se denuncia uma ética política, aqui se denuncia um açambarcamento faccioso, aqui se denuncia uma mentalidade de rapina.
Uns têm que trabalhar até aos 65 anos com reformas cortadas em 20%, mesmo que tenham descontado para a reforma durante 40 anos ou mais.
São os trabalhadores portugueses, o grosso da população, a classe mais débil, a mais necessitada, a que deveria de ter mais apoios do Estado. Aquela que tudo produz!
Esta personagem importante da quadrilha que governa Portugal, reformou-se aos 42 anos, com 2.445€/mês, após 10 anos de trabalho.
Os portugueses todos, têm de ganhar a consciência que estes canalhas são gente que nos está a destruir.

Dizimar ou outros ou colocá-los à mingua enquanto não nos oposermos e não fizermos o que temos que fazer, como os Gregos. O nosso sistema político não resolve o problema de enriquecimento ilícito dos políticos e ao mesmo tempo acompanhado do bem-estar social dos políticos.

"É preciso voltar a despertar veredas, a descerrar caminhos, a extravasar as praças e a gritar : LIBERDADE é igual a HONESTIDADE"

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Reflexões de segunda feira.


Eis que chegamos à segunda fera, dia de sapateiro, diz-se, embora os sapateiros estejam em vias de extinção, ou talvez não porque com a crise bem podemos começar todos a usar alpergatas e a colocar meias solas, como me contavam de tempos idos, dos mesmos tempos onde as pessoas tinham muitos filhos, por falta de planeamento familiar e viam-se em palpos de aranha (o que serão os palpos de aranha) para alimentar todos, nessa altura, contavam-me dividia-se uma sardinha por 4 pessoas, havia uma senhora, a Dª Joaquina, que tinha 9 filhos e chorava no poial da escada e dizia para a minha avó:”Dª Hortense o que é que eu vou fazer de comer para estes moços?”. A aflição era simples, nada tinha para cozinhar! Face a este discurso maternal um dos filhos, o Salvador (agora é nome fino) dizia na sua inocência esfomeada “Ó mãe faça bifes!”, esta declaração valia-lhe umas chapadas, motivadas penso eu pela frustração da Dª Joaquina em não conseguir, nunca, dar bifes aos filhos…A Dª Joaquina também era freguesa da padaria do meu avô, tenho lá o livro do rol, basicamente 25 anos de pão fiado, nunca saldado, que o meu avô não era comerciante para assistir a gaiatos com fome e ficar tranquilo, de vez em quando a Dª Joaquina dizia “Ò Sr. José, o senhor é que é o pai dos meus filhos!” a minha avó não achava piadinha nenhuma à conversa mas enfim. Para além destas histórias, lembro-me da conversa da Sopa do Sidónio, onde as pessoas mais pobres dos mais pobres iam comer uma sopa aguada, tristemente com outros nomes parece que estão a voltar estas coisas todas, as recentes noticias de cortes nas comparticipações dos anti concepcionais levam-me a pensar que em breve haverá muitas Donas Joaquinas, com filhos a mais e comer a menos, por outro lado o aumento do desemprego também parece contribuir para esse recuo, acho que em breve voltaremos a dar sentido a esta coisa dos sapateiros, porque vão aparecer outra vez, como profissão essencial, para não passarmos a andar descalços, vão aparecer muitos filhos indesejados, sem comida que chegue e mães desesperadas a fazer banquetes de sobras, vamos todos aprender a cerzir meias e colocar remendos, com um bocado de azar ainda irá aparecer quem vai achar isto tudo bom, eu cá não acho, mas pronto!


12.Set.2011 - Autor: Ana Porfirio (facebook)

Naming

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Tumultos


É no mínimo bizarro que o primeiro-ministro de um país pacato ache por bem começar a dissertar sobre tumultos. Será que os deseja? Será que vê neles a melhor desculpa para justificar o fracasso governamental que se adivinha? Até agora não se ouviu uma única palavra de estímulo ou qualquer ação que contribua para a recuperação da crise. Todos os dias se anunciam aumentos de impostos e cortes, mais a torto do que a direito, num definhamento implacável das condições de vida e de produção. Mas nada que possa de algum modo favorecer a atividade económica e oferecer alguma perspetiva positiva à existência dos portugueses. Rápido a açambarcar receitas, o governo não teve ainda tempo para apresentar um programa de estímulo à economia. Nada. Há seguramente um fundo ideológico neste comportamento. Esta direita, que se imagina liberal mas na verdade é simplesmente convencida e autoritária, acha que é sua missão pôr ordem na sociedade. Segundo Passos Coelho, os portugueses portaram-se mal anos a fio e agora há que castigá-los. O que, por via de raciocínios simplistas e muita ignorância sobre a natureza das sociedades livres e abertas, significa, no seu entender, diminuir drasticamente a capacidade de reação dos cidadãos e, no fundo, condicionar a livre iniciativa.
Artigo de: Leonel Moura

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Juros da Grécia a dois anos ultrapassam barreira dos 55%



A taxa exigida pelos investidores para apostarem em dívida pública grega a dois anos fixou um novo máximo desde a entrada no euro, acima dos 55%.

PS - Mas alguém acredita que a Grécia, ou qualquer outro país, pode pagar semelhantes taxa de juro? Claro que não. E se os países decidirem não pagar sempre quero ver como ficam os "agiotas" do dinheiro...
Isto é um escândalo!...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Maioria das medidas fiscais avançou sem exigência da troika.


Sobretaxa sobre o subsídio de natal, aumento do IVA do gás e da electricidade, taxa adicional em IRS e IRC... Grande parte das medidas mais impopulares já aprovadas pelo Governo a nível fiscal nem sequer constavam do programa de assistência financeira da troika.

PS - Mais papistas que o papa. Mas sem resolverem os problemas de fundo. Numa já desmoralizada e depauperada classe média continuam a carregar cada vez mais. É a política mais fácil de executar. Aumentar os impostos sobre quem já está em dificuldades. Entretanto os "desvios" (roubos) continuam sem que a (emperrada) justiça actue. O capital continua a gerir a seu belo prazer a economia. Roubar aos pobres para dar aos ricos. Os "criadores da riqueza" continuam a sua saga de sugarem (até ao tutano) os trabalhadores que contribuem para o seu continuado enriquecimento. Tudo isto com o beneplácito dos "carteis políticos"...
Entretanto vende-se ao desbarato tudo o que é público. Ou seja tudo aquilo que os portugueses, através dos seus descontos e impostos, adquiriram. É como se entrassem em nossa casa e nos roubassem.
E vão continuar sem que sejam responsabilizados por isso. Porque parece a dança do "baile mandado". Ora agora estou lá eu (no poder)... ora agora estás lá tu. É o perfeito regabofe nacional.
Vamos aguentar até quando pergunto eu?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

No jornal da TVI de ontem!...


Marcelo Rebelo de Sousa:
O que foi feito até agora "não é diferente do Governo de Sócrates".

PS - Eu atrevo-me a dizer que ainda é pior...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Passos a passos


"Estas medidas põem o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por precaução."

"Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa."

"Aceitarei reduções nas deduções no dia em que o Governo anunciar que vai reduzir a carga fiscal às famílias."

"Sabemos hoje que o Governo fez de conta. Disse que ia cortar e não cortou."

"Nas despesas correntes do Estado, há 10% a 15% de despesas que podem ser reduzidas."

"O pior que pode acontecer a Portugal neste momento é que todas as situações financeiras não venham para cima da mesa."

"Aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos."

"Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos."

"Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos."

"Queremos transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o Estado."

"Já estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o que assina em nome de Portugal."

"O Governo está-se a refugiar em desculpas para não dizer como é que tenciona concretizar a baixa da TSU com que se comprometeu no memorando."

"Para salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados de IRS de modo a desonerar a classe média e baixa."

"Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas."

"Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português."

"A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento."

"A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos."

"Não aceitaremos chantagens de estabilidade, não aceitamos o clima emocional de que quem não está caladinho não é patriota"

"O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento."

"Já ouvi o primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate."

"Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?"

artigo de: Fernanda Câncio

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Temos Governo ou cobradores de impostos?


Sim, ainda é de facto cedo para avaliar o desempenho do Governo. Mas já começa a ser tarde para dizer que basta de anunciar novos impostos.
Sim, ainda é de facto cedo para avaliar o desempenho do Governo. Mas já começa a ser tarde para dizer que basta de anunciar novos impostos. Porque aquilo a que temos assistido até agora parece apenas o mesmo filme a que assistimos há uma década, sempre com novos personagens. Vítor Gaspar corre o risco de se transformar no ministro que, quando fala, anuncia impostos. Sem alguma vez explicar com a mesma clareza como se vai cortar a despesa pública que colocará um fim a mais e mais impostos. Mesmo sabendo, todos nós, que menos gastos públicos vão significar o fim de alguns serviços prestados pelo Estado ou serviços públicos mais caros - como já acontece com os transportes ou com a saúde -, só atacando seriamente a despesa poderemos esperar que não haja mais novos impostos. O ministro das Finanças fez até agora três importantes intervenções. Em todas elas anunciou um novo imposto. Na primeira foi o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal; na segunda, a antecipação da subida do IVA na energia; e na terceira, a de ontem, a taxa adicional de solidariedade de IRS e IRC, uma espécie muito peculiar de imposto sobre os ricos. O Governo tem dito até à exaustão que quer ser mais ambicioso nos objectivos do que o exigido pela troika. Até agora, essa ambição parece limitar-se aos impostos. Todos sabemos também que uma redução rápida do défice público só se consegue fazer com mais impostos. Mas o problema é que estamos há demasiado tempo a ouvir falar em desvios na despesa pública, que justificam esforços acrescidos dos contribuintes, sem qualquer sinal de uma estratégia centralizada para controlar esses desvios e para reduzir a despesa pública.

Artigo de: Helena Garrido.