terça-feira, 17 de abril de 2012

Aumento do IVA vai eliminar 11 mil postos de trabalho na indústria agro-alimentar .


As alterações na taxa do IVA que entraram em vigor em Janeiro poderão eliminar, este ano, 11 mil postos de trabalho directos e indirectos no sector agro-alimentar. De acordo com um estudo da consultora Deloitte, apresentado nesta terça-feira durante o IV Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar, em Lisboa, a reclassificação do imposto vai fazer cair em 2,1% o emprego gerado nesta actividade. Os dados mostram ainda que o consumo final de bens deverá cair 1,3% até final do ano (representa, em valor, uma descida de 284 milhões de euros). A tendência de quebra mantém-se ao nível da produção da indústria, que cai 2,3%, perto de 306 milhões de euros. O mesmo se passa no consumo de bens alimentares, que deverá diminuir 1,3% em 2012. Da charcutaria à mercearia, poucas foram as prateleiras que escaparam ao aumento do IVA. Ao abrigo do programa de ajustamento acordado com a troika, o Governo limitou a aplicação da taxa reduzida de 6% a um”cabaz de bens essenciais” de produção nacional, como a vinicultura, a agricultura e as pescas. “Infelizmente as expectativas estão a cumprir-se. Nos primeiros meses do ano muitos sub-sectores estão a contrair-se por via do aumento do IVA”, disse aos jornalistas Jorge Henriques, presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), acrescentando que a subida do IVA na restauração para 23% acentuou ainda mais a recessão no consumo.

Nota: Como diz o outro: "Não é preciso ir à China"...

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