quinta-feira, 26 de abril de 2012

Marinho Pinto considera surreal ser a GNR a fazer buscas na Madeira .


O bastonário da Ordem dos Advogados considera “surreal” ser a Guarda Nacional Republicana (GNR) a fazer buscas ao abrigo da operação judicial que está a verificar as contas na Madeira. “É o Estado de direito a desmoronar-se”, diz Marinho Pinto, exigindo explicações por parte dos órgãos políticos.
Em declarações aos jornalistas, quarta-feira à noite na Figueira da Foz, à margem da gravação do programa “Conversas Improváveis” da SIC, no qual participou também o Presidente do Governo Regional da Madeira, o bastonário afirmou que é grave ser a justiça a averiguar se há ou não dívida oculta naquela região autónoma.

“Se o próprio poder político democrático não tem capacidade para o fazer, então que se demitam”, disse, acrescentando que “isto não é próprio de um Estado de direito democrático”.

Por outro lado, Marinho Pinto acha estranho que seja a GNR a fazer buscas em instituições do Governo Regional, até porque “é uma polícia de segurança que alguns até consideram ser o quarto ramo das forças armadas portuguesas, dada a sua militarização” pelo que “é surreal” e uma situação “pior que na América Latina ou na república das bananas”.

Na opinião de Marinho Pinto, “isto não é a justiça a funcionar” mas sim “o Estado de direito a desfazer-se”.

A situação, diz o bastonário, “levanta muitas suspeitas sobre o que de facto se está a passar em Portugal na área da investigação criminal” e defende que “os responsáveis deviam dar uma satisfação porque é que não foi a Polícia Judiciária” a efectuar a operação.

“Se o Ministério Público não confia na Polícia Judiciária então é melhor acabar com um ou com o outro”, disse.

Nota: República das banans...

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