Filipe González, que foi primeiro-ministro de Espanha pelo PSOE, disse ontem no México que não tem quaisquer dúvidas de que o país não conseguirá fechar o ano com um défice de 6,3%. “Toda a gente sabe que Espanha não vai cumprir o objectivo”, declarou González, citado pelo “El País”.
De acordo com o jornal espanhol, González criticou directamente “os talibãs do banco central alemão” [foi como se referiu ao Banco Central Europeu] e advertiu-os para o facto de que “aquilo que não cresce, não paga, e aquilo que morre paga ainda menos”. Isto numa alusão à pressão que está a ser exercida sobre países como Espanha ou Grécia, sublinha o “El País”.
González considera que a Europa vive uma “situação limite”, que poderá arrastar-se por muitos anos, sendo preciso avançar com um processo de federalização da União Europeia que inclua uma política económica e orçamental que acompanhe a política monetária.
Na sua opinião, esse processo deverá fazer com que o BCE deixe de ser um credor de último recurso e possa intervir nos mercados para travar os movimentos especulativos, salienta a mesma fonte.
Nota: Pergunto eu, na minha “ingenuidade”, mas quem é que construiu uma Europa assim?
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