Ministro dos Negócios Estrangeiros pediu realismo ao PS, diz que cumprir o programa de ajustamento é a única forma de livrar os jovens de hipotecarem o futuro e que Portugal se deve concentrar em fazer o seu trabalho de casa e não em fazer pedidos aos credores.
Coube a Paulo Portas fazer o discurso de encerramento do debate do Estado da Nação. O ministro dos Negócios Estrangeiros deixou cinco questões aos deputados, respondendo que Portugal está hoje melhor do que há um ano e que o objectivo passa por criar um país mais “moderno, atractivo e solvente”.
Começou por recordar que Portugal perdeu “transitoriamente uma parte da sua soberania” quando solicitou ajuda externa, em resultado de uma política dependente do endividamento externo.
Os “portugueses sempre se superaram como nação quando era preciso” e sempre “resgataram a nação quando tudo parecia perdido”, disse Portas, afirmando que “é aqui e agora que mais precisamos de uma nação que se levante”, com sentido de “responsabilidade, atitude e que valorize o melhor”, com uma “indomável vontade de vencer esta crise”.
Considerando que a dignidade de Portugal depende de um “esforço que não pode fracassar” e é a viabilidade do país que está em causa, Portas apelou ao “consenso alargado e diálogo social para os compromissos importantes”, em vez de se “exacerbar divisões”.
Depois de atacar a esquerda que está contra a troika, Portas falou directamente para o PS, pedindo realismo ao maior partido da oposição. “O realismo pode resolver os problemas de Portugal. A utopia não”, disse Portas, considerando que “os portugueses que estão a passar mal são os mais realistas de todos” e pretendem que o período de ajustamento termine o quanto antes, em vez de apostarem em adiamentos.
Nota: Mas ainda perceberam que os portugueses estão fartos de políticos mentirosos?
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