terça-feira, 10 de julho de 2012

"Marcha negra" organiza-se para desfilar em Madrid.


Os mineiros de Teruel e Andorra partiram hoje da zona de Alcobendas, nos arredores de Madrid, para se unirem aos companheiros das Astúrias e Leão no último percurso da "marcha negra" mineira em direção ao centro da capital espanhola.

Os mineiros mostram-se contra os cortes anunciados para o setor, insistem para que o carvão seja rentável e que o preço do minério seja atualizado para não depender do sistema de ajudas.

"Há 20 anos que o carvão tem o mesmo preço e a Europa, em vez de subir o preço, decidiu subvencionar o setor", lamentou à EFE um manifestante que participa na "marcha negra".

Os sindicatos e os mineiros concordam que se as minas encerrarem "Espanha fica sem a única fonte de energia própria que possui, que é o carvão".

"Às 07:30 (06:30 em Lisboa) a coluna de mineiros abandonou a zona de Alcobendas em direção à Cidade Universitária de Madrid e antes da partida disseram que estão "animados pela união entre as pessoas", mas dececionados "pela insensibilidade do Governo, que não dá o braço a torcer a milhares de pessoas que pedem apenas para continuarem a trabalhar nas minas".

Santiago, um mineiro de Andorra, 39 anos, e que trabalha no carvão há 25 anos disse à EFE que o "encerramento das minas é injusto porque acaba com postos de trabalho" e que apesar do "trabalho ser duro" quer continuar a "trabalhar nas minas".

Nota: Mancha negra... contra a fome!...

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