quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Roménia: “Pedimos desculpa por não produzirmos tanto quanto nos roubam”.


Os planos para privatizar a saúde provocaram várias manifestações nas ruas das grandes cidades da Roménia há mais de uma semana. As principais reivindicações são transparência e responsabilidade na tomada de decisões do governo. Críticas à corrupção são visíveis em cartazes. Por Claudia Ciobanu.

Esta privatização da saúde proposta pelo governo de centro-direita é parte do programa de austeridade, o mais rígido da Europa, imposto em 2009 como condição para receber crédito de 20 mil milhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI). Nesse contexto, os salários dos funcionários públicos foram reduzidos em 25% e houve cortes na segurança social.

Os protestos eclodiram agora em resposta a um projeto de lei para privatizar o sistema de saúde apresentado pelo presidente da Roménia, Traian Basescu, no começo deste mês, que foi redigido por uma comissão sem debate público. A iniciativa propõe que todos os pacotes de seguro médico, incluindo a cobertura universal básica, seja gerida por fundos privados, como os serviços de emergência.

Isso levou o secretário de Estado, Raed Arafat (criador de um sistema de ambulâncias eficiente que funciona em muitas cidades romenas), a afirmar que a implementação da nova lei destruiria esta iniciativa. Para a desmoralizada população foi a gota de água. Centenas de milhares de pessoas protestaram nas ruas de Bucareste e de outras cidades.

Nota: "O pão nosso de cada dia" por esta Europa fora...

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