sábado, 11 de fevereiro de 2012

Presidente alemão diz que é demasiado cedo para flexibilizar programa português.


O Presidente alemão, Christian Wulff, defendeu neste sábado que “há sempre espaço para adaptação” das condições do programa de assistência financeira, mas não numa fase inicial, porque isso poderia “diminuir a confiança” dos mercados.

Na conferência de imprensa conjunta do encontro dos chefes de Estado sem poderes executivos, em Helsínquia, Christian Wulff defendeu que “a assistência depende de certas condições” e que é preciso ser “rigoroso” a “exigir a implementação dessas condições”.

“Uma vez alcançadas as condições atempadamente podemos sempre ter isso em consideração. Mas começar numa fase muito inicial a ser flexível relativamente às condições estabelecidas, penso que se corre o risco de diminuir a confiança e o sentimento de confiança nos mercados”, sustentou.

Wulff respondia sobre se um eventual ajustamento ao programa português não deveria avançar já para conseguir atenuar os efeitos sociais na população portuguesa e permitir crescimento económico. “Precisamos de estabilidade, precisamos de credibilidade, previsibilidade. Uma vez alcançado isso, há sempre espaço para adaptação, mas não numa fase demasiado prematura”, defendeu, referindo que os países não podem individualmente modificar as condições da assistência financeira.

Christian Wulff insistiu na ideia de que se mostrado um “elevado grau de flexibilidade relativamente a essas condições, isso não beneficia o aumento do sentimento de confiança dos mercados”.

Integram actualmente o designado grupo de Arraiolos Portugal, Alemanha, Letónia, Finlândia, Itália, Áustria, Polónia, Hungria e Eslovénia. O grupo de Arraiolos deve o seu nome à realização naquela localidade alentejana da primeira reunião, em 2003, por iniciativa do então Presidente Jorge Sampaio.

Nota: Os Bancos alemães ainda não encheram bem o saco...

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