terça-feira, 26 de junho de 2012

Houve "pagamentos ilícitos a alguém importante".


Uma testemunha do caso Freeport admitiu hoje, perante o Tribunal do Barreiro, ter havido pagamentos ilícitos a "alguém importante" para o licenciamento daquele "outlet" em Alcochete, afirmando, porém, desconhecer de quem se tratava.

A testemunha em causa é João Cabral, engenheiro civil que trabalhou para a empresa de Consultoria Smith & Pedro, que só admitiu a existência de pagamentos ilícitos a "alguém importante", depois de insistentes advertências do Ministério Público, corroboradas pelo presidente do coletivo de juízes, de que incorria em "pena de multa ou de prisão" se não contasse a verdade.

O processo Freeport, originada por suspeitas de alegados financiamentos ilegais a partidos políticos, surgiu na sequência de supostas irregularidades na alteração da Zona Especial de Protecção do Estuário do Tejo.

Tem como arguidos os ex-sócios da empresa de consultoria Smith & Pedro, Charles Smith e Manuel Pedro, que são acusados de tentativa de extorsão.

Estas declarações de João Cabral surgem depois de várias vezes ter negado a existência de pagamentos ilícitos, em resposta a confrontações do Ministério Público e do coletivo de juízes sobre o depoimento do antigo administrador da Freeport Alan Perkins.

A 22 de maio último, Alan Perkins admitiu perante o coletivo de juízes, presidido por Afonso Andrade, que foram feitos pagamentos ilícitos para a viabilização daquele espaço comercial em Alcochete a uma pessoa cujo nome de código era "Pinóquio", sublinhando não ter dúvidas de que se tratava do ministro do Ambiente José Sócrates.

Nota: É pena que a aplicação da “Justiça” não funcione como a aplicação dos impostos. No caso da primeira até “prescreve”.

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