quarta-feira, 27 de junho de 2012

Uma medida a cada dois dias para Portugal “sair da crise”.


O executivo lançou ontem um documento com as 184 principais medidas para o próximo ano, o que dá uma média de uma medida a cada dois dias. E logo no título o executivo deixa antever que, apesar de os dados da execução orçamental mostrarem que as contas públicas estão pior que o previsto, o rumo não se vai alterar: “Olhar o futuro. Continuar a reforma estrutural da economia.” O documento é muito vago nas metas e nos objectivos concretos e não fala em medidas para controlar a derrapagem da execução orçamental. Ontem Passos Coelho insistiu: “Não há, nesta altura, nenhuma intenção do governo de tornar mais exigente o quadro de austeridade sobre os portugueses.”

Depois de, na segunda-feira no parlamento, não ter fechado por completo a porta a medidas de “austeridade ou de outra natureza”, Passos sublinhou ontem que vai procurar “no próprio Orçamento amplificar a margem de segurança de modo que os portugueses sejam o menos penalizados possível por quaisquer outras medidas que tenham de ser adoptadas”.

Mas nem essas “outras medidas” são referidas nas 37 páginas do documento que servirá de matriz à acção do executivo no próximo ano. No resumo dos objectivos dos vários ministérios estão sintetizados os “oito desafios fundamentais” para o país, divididos em duas dimensões: “Sair da crise” e “crescimento sustentado”. Nas diferentes áreas estão apenas elencados objectivos gerais, sem novas medidas além das definidas no programa do governo ou no Memorando da troika.

Nota: Com tanta medida já aplicada e outras por aplicar... A grande maioria dos portugueses continua a não vislumbrar “a tal luz ao fundo do túnel”...

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