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Itália foi esta quarta-feira ao mercado vender 6,5 mil milhões de euros em dívida a um ano, mas teve de pagar juros mais elevados, já que o resgate à banca espanhola falhou em impedir o contágio da crise de dívida soberana.
Na emissão a 12 meses, os investidores exigiram uma taxa de 3,972%, 1,6 pontos percentuais mais do que os 2,34% cobrados na emissão anterior realizada a 11 de Maio.
A procura de obrigações foi equivalente a 1,73 vezes a oferta, o que compara com 1,79 vezes no último leilão comparável.
O resultado do leilão italiano demonstra a tendência de deterioração dos investidores estrangeiros nas finanças públicas de Itália antes de o país levar a cabo um leilão de dívida de longo prazo, observou um economista à Bloomberg. Amanhã, o Governo italiano vai leiloar dívida no valor de 4,5 mil milhões de euros.
“Apesar de este ser um aquecimento para o leilão de amanhã, a venda [de obrigações] de hoje expõe a deterioração da qualidade de crédito de Itália que tem sido conduzida pelo mercado externo”, disse o director da Spiro Sovereign Strategy, Nicholas Spiro, à Bloomberg. “O risco contágio regressou e Itália está a pagar o preço do pedido de ajuda de Espanha”, afirmou.
Nota: “Abre-te Sésamo!... que os 40 ladrões já estão à espera”.
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